Eduardo Bolsonaro fala em prender 100 mil opositores de movimentos sociais
Revista Fórum
Em entrevista a Marcelo Godoy, na edição desta segunda-feira (12) do jornal O Estado de S.Paulo, o deputado reeleito Eduardo Bolsonaro (PSL/SP) defendeu a criminalização do “comunismo” e de movimentos sociais como o MST.
“Eles impõem o terror para ganhar um benefício por outro lado. É isso que a gente visa combater. Isso aí é terrorismo. É a intenção de levar o terror para amedrontar as pessoas. Se fosse necessário prender 100 mil pessoas, qual o problema nisso? Eu vejo problema em deixar cem mil pessoas com esse tipo de índole, achando que invasão de terras é algo normal, livres para cometer seus delitos. Esse é meu principal receio. Eu quero dificultar a vida dessas pessoas”, afirmou o filho do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL).
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Ao defender sua proposta de criminalizar o “comunismo” – “ué, o nazismo é criminalizado” – Eduardo disse que um dos papéis dos parlamentares é conscientizar as pessoas. “É usar sua posição de destaque, de ser um representante de parcela da sociedade para falar os perigos do comunismo. Assim como falo do câncer de próstata”.
O parlamentar ainda defendeu uma mudança no corpo de funcionários do Itamaraty que, segundo ele, seria um dos ministérios “onde mais está arraigada essa ideologia marxista”. “O que eu escuto falar é que o Itamaraty é um dos ministério onde mais está arraigada essa ideologia marxista e onde haveria uma maior repulsa ao presidente Jair Bolsonaro”.
Encontro com Steve Bannon
O filho de Bolsonaro ainda disse que fará um estreitamento de relações com a aliança internacional ultra-liberal, chamada de O Movimento, para “dar uma resposta ao Foro de São Paulo”.
“Eu quero aproveitar essa onda conservadora para dar uma resposta ao Foro de São Paulo. Semana que vem (nesta semana) vou aos Estados Unidos. O Steve Bannon tem o Movement, que conta com a participação do Salvini (Matteo Salvini, ministro do interior da Itália, do partido Liga Norte). A gente quer ter uma conexão internacional para a troca de ideias – um think tank -, pensar em medidas que estão sendo feitas de forma pioneira na Itália que a gente possa fazer aqui também. É participar do jogo democrático de forma organizada. Pretendo estreitar essas relações”, afirmou.
Escola sem partido
Defendendo enfaticamente o projeto Escola Sem Partido como uma bandeira inegociável a ser defendida pelo governo do pai, Eduardo disse que hoje “no segundo grau todo mundo se forma a favor do MST e pensa que Carlos Marighella e Lamarca foram heróis que combateram um regime ditatorial”.
“Bota uma camisa do Bolsonaro e tenta entrar na Faculdade de Direito de São Paulo. Já que na faculdade dele ele acha que tem liberdade, desafio ele colocar a camisa do Jair Bolsonaro e entrar sozinho lá”.
Leia a entrevista na íntegra.
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