Desemprego aumenta e Bolsonaro critica o IBGE
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) voltou a criticar, nesta segunda-feira (1), os métodos utilizados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para medir a taxa de desemprego no Brasil. Em entrevista à TV Record , ele declarou que a forma de calcular os índices são feitas “para enganar a população.”
“Com todo respeito ao IBGE , essa metodologia, em que pese ser aplicada em outros países não é a mais correta. (…)”, afirmou. “Como é feita hoje em dia a taxa? Leva-se em conta quem está procurando emprego. Quem não procura emprego, não está desempregado. (…) Então, quando há uma pequena melhora, essas pessoas que não estavam procurando emprego, procuram, e, quando procuram e não acham, aumenta a taxa de desemprego. É uma coisa que não mede a realidade. Parecem índices que são feitos para enganar a população”, completou o presidente.
LEIA TAMBÉM:
- Como a guerra comercial entre China e EUA vai beneficiar o Brasil
- Mercado errou 95% das previsões para a economia desde 2021
- Danilo Gentili detona Eduardo Bolsonaro :”Só sabe lamber rol* de americano”
- VÍDEO: Jornalista na CNN chama Bolsonaro de ”vira lata de Trump”
A fala de Bolsonaro acontece dias depois da divulgação da Pesquisa Nacional Por Amostra de Domicílos Contínua (Pnad Contínua), feita pelo instituto e divulgada na sexta-feira (29). De acordo com os dados, houve um aumento de 892 mil pessoas desocupadas no trimestre encerrado em feveriro, quando a taxa de desemprego subiu para 12,4%, atingindo 13,1 milhões de pessoas.
No trimestre encerrado em janeiro, a desocupação era de 12%, atingindo 12,7 milhões de brasileiros.
Essa não é a primeira vez que o presidente expressa seu desgosto com a metodologia utilizada pelo IBGE. Em outubro do ano passado, Bolsonaro já havia dito que o cálculo, como feito, é uma”farsa” . Ele também disso que gostaria de mudar a forma de calcular o índice, já que ele contava os beneficiários do Bolsa Família como empregados.
Em resposta, o IBGE divulgou disse que seu levantamento segue padrões internacionais e afirmou que beneficiários do Bolsa Família não são considerados empregados.
Na entrevista dada ontem (1) ele relembrou o episódio: “Fui muito criticado, e volto a repetir: não interessam as críticas. Eu tenho de falar a verdade’, concluiu, reiterando sua posição em relação ao IBGE .