FAB empregou chefe de milícia do Espírito Santo por quase dois anos
07/11/2021
A Força Aérea Brasileira (FAB) empregou um chefe de milícia do Espírito Santo por quase dois anos, uma notícia que em outros países poderia chocar, mas na terra do bolsonarismo, se torna notícia recorrente.
O Comando da Aeronáutica empregou por quase dois anos, entre maio de 2018 e março de 2020, um homem acusado de chefiar uma milícia na cidade de Marataízes, no litoral do Espírito Santo.
O nome do chefe da milícia é Gilbert Wagner Antunes Lopes, de 42 anos, o Waguinho, que também foi alvo de diversas denúncias de crimes hediondos.
As informações foram publicadas pelo site Metrópoles.
O chefe da milícia do Espírito Santo, já teria sido preso e foi alvo de operações da Polícia Civil devido a homicídios no estado.
Atualmente é réu em várias ações penais e foi condenado, em uma delas, a sete anos de reclusão pela tentativa de assassinato, em 2010.
Mas, em junho deste ano, a fase processual do caso foi anulada por violação ao juiz natural, e ele foi direcionado para novo júri – na comarca de Marataízes.
À época, o Ministério Público do Espírito Santo (MPES) disse que Wagner faz parte de uma “verdadeira milícia, […] que a pretexto de promover a segurança, passou a realizar um verdadeiro extermínio neste município, sempre agindo através da violência armada”.
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Waguinho foi acusado de ter levado a Liga da Justiça, grupo paramilitar do Rio de Janeiro, para o litoral do Espírito Santo.
”Na Força Aérea Brasileira (FAB), ele começou como terceiro-sargento temporário, em 2018, por meio de um processo seletivo. Hoje, um terceiro- sargento ganha R$ 3.825 mensais. Segundo dados do Portal da Transparência, o homem recebeu R$ 18,3 mil de dinheiro público relativos a serviços prestados à Aeronáutica.” mostra matéria do Portal Metrópoles.
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