A nova estratégia de Lula para derrotar a extrema-direita
12/11/2024
Desde que a eleição de Donald Trump se consolidou nos Estados Unidos, setores da esquerda brasileira estão preocupados com a possível repercussão que isso terá aqui no Brasil. O presidente Lula já observando a movimentação e crescimento da extrema-direita, traça nova estratégia para derrota-los, veja o que Lula cobrou de seus Ministros.
Diante da nova conjuntura política após as eleições municipais no Brasil e a eleição de Donald Trump nos Estados Unidos, o presidente Lula (PT) redirecionou os esforços para fortalecer conexões com a classe média brasileira. O governo está agora concentrado em políticas públicas voltadas para os micro e pequenos empreendedores e na ampliação do alcance de programas educacionais como o Pé-de-Meia.
As informações são do jornal O Globo, destacando os planos do governo para atrair novos apoiadores e garantir a recuperação da popularidade na classe média. O governo analisou através de pesquisas como a Quaest, que o governo Lula perdeu apoiou entre segmentos de classe média.
A pesquisa, publicada em setembro, revelou que a reprovação a Lula na faixa de renda entre dois e cinco salários mínimos subiu para 46%, um aumento em comparação aos 38% registrados em agosto do ano anterior. Esse segmento tem se tornado sensível a propaganda da extrema-direita nas redes sociais.
ESTRATÉGIAS PARA A CLASSE MÉDIA
O governo Lula vai mirar na classe média nos próximos anos do seu mandato, com foco em facilitação do crédito a juros reduzidos para pequenos empreendedores, com o programa Acredita liderado pelo ministro Márcio França. A linha de crédito vai até R$ 150 mil.
O Ministro diz que o programa visa atender a demanda da classe média que se sente desamparado pelo governo federal.
O programa Pé-de-Meia, ligado ao Ministério da Educação, também se apresenta como uma outra estratégia de ação. Inicialmente direcionado a alunos de baixa renda, o governo está considerando ampliar seu alcance para todos os estudantes do ensino médio em instituições públicas. A ampliação poderia beneficiar aproximadamente 2 milhões de alunos, contudo, ainda se depara com obstáculos orçamentários, especialmente em um período em que o time econômico intensifica as reduções de despesas.
Aos olhos de interlocutores de Lula, as políticas públicas voltadas ao público de baixa renda são fundamentais, mas insuficientes para garantir o apoio da classe média. O Planalto, por meio da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), também visa estimular a exportação entre micro e pequenas empresas.