em Política

As acusações contra Bolsonaro de suposta rachadinha quando era deputado:

18/09/2020

O jornal Estadão dedicou um editorial completo nessa sexta-feira (18), pedindo para que Bolsonaro responda ao Brasil sobre a suposta rachadinha que houve em seu gabinete e que está sendo investigada pela Procuradoria Geral da República. Porém, o governo e ele desconversam:




Em novo editorial, publicado nesta sexta-feira (18), o Estadão cobra explicações de Jair Bolsonaro sobre o esquema da rachadinha, e pede que o presidente esclareça se ficou com parte do salário de seus assessores quando era deputado federal. Leia alguns trechos:

No início de julho, diante da notícia de movimentações salariais atípicas de assessores do então deputado federal Jair Bolsonaro, que teriam ocorrido entre 1991 e 2018, o advogado Ricardo Bretanha Schmidt, de Joinville (SC), apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) notícia-crime contra o presidente da República. Entendendo que a matéria publicada pelo jornal Folha de S.Paulo trazia indícios de materialidade e autoria de ações ilegais, o advogado requereu que a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestasse sobre a possibilidade de apuração. “Apesar de terem ocorrido entre os anos de 1991 e 2018, os fatos relatados pelo jornal são extremamente graves, razão pela qual devem ser objeto de apuração pelo Ministério Público”, escreveu o advogado.




Flávio e o pai envolvidos em rachadinha

 

A denúncia, de fato, é grave. Não bastassem as suspeitas de um esquema de repasse de salários envolvendo o senador Flávio Bolsonaro, quando o filho mais velho do presidente era deputado estadual, surgiram agora indícios de irregularidades envolvendo diretamente Jair Bolsonaro no período em que esteve no Congresso.
 

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Em primeiro lugar, vale lembrar que, mesmo no caso da suspeita de rachadinha no gabinete de Flávio, o pai Jair sempre esteve, em alguma medida, envolvido. Toda a história se relaciona diretamente com o amigo da família Fabrício Queiroz e, como o próprio Flávio reconheceu, ele só nomeou Queiroz em função do aval do pai. No ano passado, em entrevista ao Estado, questionado se Queiroz tinha a confiança de Jair Bolsonaro, Flávio respondeu: “Com certeza, ou não teria vindo trabalhar comigo”. Além disso, investigações revelaram depósitos de Queiroz na conta de Michelle Bolsonaro.



De toda forma, a notícia-crime sobre movimentações suspeitas de assessores de Jair Bolsonaro, no período em que era deputado federal, revela dois pontos especialmente graves. O primeiro é a similaridade entre o que se suspeita ter ocorrido no gabinete do pai no Congresso e no gabinete do filho na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro. A suposta irregularidade envolvendo o filho do presidente adquire nova dimensão. A suspeita recai agora sobre o modo como a família atuaria nas diversas esferas do Legislativo. (…)

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