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Baixo Augusta reúne multidão e grita contra Bolsonaro em pré-Carnaval de SP

Folha de São Paulo 

​Um dos maiores blocos carnavalescos da cidade, o Acadêmicos do Baixo Augusta iniciou seu desfile às 16h15 deste domingo (24) de pré-Carnaval. As duas vias da Consolação foram fechadas para o cortejo da agremiação, que reuniu uma multidão de foliões para acompanhar os três trios do grupo.

No ano passado, o bloco levou um milhão de pessoas para a Consolação, segundo balanço de seus organizadores. Em 2019, ainda sem uma estimativa até o momento, uma multidão de proporção similar se espremeu para extravasar ao som de Wilson Simoninha, Maria Rita e Mariana Aydar.

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Conhecido por desfiles com pegada política, o bloco inspirou-se na música do grupo de rock brasiliense Legião Urbana para escolher o tema do desfile de 2019 –”Que País é Esse?”. Dessa forma, no evento que marcou os 10 anos de existência do bloco, seus integrantes quiseram marcar posição contra o autoritarismo que, segundo analisam, tem sido estimulado recentemente no Brasil.

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) foi o principal alvo. A multidão entoou “ei, Bolsonaro, vai tomar no …” e recebeu acompanhamento da bateria. Aydar e Simoninha puxaram gritos de “ele não” e “ele nunca”.

As fantasias dos presentes também assumiram o discurso político. A publicitária Maria Sgarbi, 24, foi com um collant rosa em que se lia “pink money”.

“É o dinheiro do público LGBT, que bomba artistas como Anitta, Valesca Popozuda, entre outros, e também pode deixá-los a partir do momento que essas causas sejam desrespeitadas”, explica.

O que mais se viu, em termos de fantasias, foram homens vestidos de rosa e mulheres, de azul, em referência à fala da ministra Damares Alves, da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, de que cada gênero deve usar uma cor específica de roupas.

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