Bolsonaro está preocupado com conteúdo dos celulares de miliciano morto
Bolsonaro revelou hoje nessa terça-feira (18) preocupação com os conteúdos e mensagens do celular do miliciano morto, Adriano da Nóbrega, que se beneficiava do esquema de rachadinha no gabinete de Flávio Bolsonaro. Em dois tweets que o presidente postou nessa manhã, ele revela a preocupação com quem irá periciar as mensagens e conteúdos do miliciano, que também era suspeito de participação na morte da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ).
Bolsonaro revelou nessa manhã da terça-feira, a preocupação com os conteúdos e as mensagens do celular do miliciano, Adriano da Nóbrega, morto em operação policial cercada de dúvidas de ”queima de arquivo”. A Revista VEJA postou fotos do cadáver de Adriano, que mostram que ele teria sido torturado e que pode ter sido alvo de queima de arquivo.
Num tweet, usou a surrada estratégia de se antecipar para tentar escapar do que considera inevitável: “quem fará a perícia nos telefones do Adriano? Poderiam forjar trocas de mensagens e áudios recebidos? Inocentes seriam acusados do crime?”.
Bolsonaro tenta ligar a morte do miliciano ao PT, em estratégia já conhecida pela milícia digital bolsonarista, de afirmar que sempre a culpa é do outro.
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Adriano tinha ex-esposa e mãe no gabinete de Flávio Bolsonaro e se beneficiava com parte do esquema de rachadinha do gabinete de Flávio Bolsonaro. Adriano era acusado também de ser o chefe da organização criminosa conhecida como ESCRITÓRIO DO CRIME, grupo de matadores de aluguel, que é suspeito de participação na morte da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ).
Os tweets e declarações de Bolsonaro sobre Adriano da Nóbrega não deixam dúvidas, ele está se borrando de medo, sabe que não tem discurso ou inversão de acusação que apaguem os estreitos laços que sua família mantêm com a milícia. Tem caroço nesse angu.https://t.co/mXuqbkJi0p
— Ivan Valente (@IvanValente) February 18, 2020
Também era acusado de chefiar uma das mais antigas milícias do estado do Rio de Janeiro.
Bolsonaro pede uma “perícia independente” dos celulares de Adriano da Nóbrega, que tinha ligações diretas com a família Bolsonaro. Querendo tomar o controle da investigação, jogando para a PF do ex-juiz Sérgio Moro, estratégia essa que enterraria qualquer coisa que pudesse a vir contra o clã Bolsonaro.
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