Bolsonaro ofereceu embaixada do Brasil na Itália a Bebianno
Em uma última tentativa de manter o ministro Gustavo Bebianno, da Secretaria-Geral da Presidência, no governo, o presidente Jair Bolsonaro ofereceu a ele o comando da embaixada de Roma , na Itália. A proposta, segundo interlocutores do Planalto, foi levada a Bebianno no sábado pelo ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, após um encontro que teve com o presidente no Palácio da Alvorada. O convite foi recusado pelo ministro.
Na noite anterior, conforme o GLOBO antecipou, Bolsonaro propôs que Bebianno ocupasse uma diretoria da Hidrelétrica de Itaipu. O ministro declinou do convite. Em entrevista no sábado, Bebianno confirmou que recebeu a proposta para Itaipu e disse que não aceitou porque não apoiou Bolsonaro “para ganhar dinheiro” e “nem precisa de emprego”.
Leia também:
- Apagão em SP já causou mais de 1 bilhão em prejuízo
- Quase 1 milhão de pessoas sem energia em SP após quase 48 horas
- Brasil deve crescer 3,4% em 2024, enquanto Argentina de Milei desaba 3,5%
- Laudo de Marçal contra Boulos é falso, aponta perícia da Polícia Civil
Na noite de sexta-feira, após uma conversa tensa entre o presidente e o ministro, começou a circular a informação que Bolsonaro já teria assinado a exoneração de Bebianno. A saída do ministro não foi confirmada no Diário Oficial da União (DOU) publicado nesta segunda-feira. O governo ainda pode publicar edição extra do DOU.
Bebianno enfrenta um processo de desgaste intensificada por denúncias envolvendo justamente supostas irregularidades na sua gestão à frente do caixa eleitoral do PSL, partido dele e de Bolsonaro. A crise foi amplificada pelo vereador Carlos Bolsonaro, filho do presidente, que foi às redes sociais dizer que Bebianno mentiu ao falar ao GLOBO que havia conversado três vezes com o presidente na última terça-feira. (…)