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Em editorial, New York Times defende Glenn e diz que Moro violou a lei

O Jornal norte-americano The New York Times faz um editorial duro contra a perseguição jurídica a Glenn Greenwald, que foi denunciado por um Procurador aliado de Sérgio Moro, nessa terça-feira (21).  Ao contrário da cobertura tímida da mídia brasileira sobre essa perseguição que cheia a vingança de Sérgio Moro, o jornal americano diz que as acusações e denúncia contra Glenn são “sério desserviço” e uma “ameaça perigosa”.




Em um editorial publicado nessa quarta-feira (22), o jornal norte-americano The New York Times bate duro na perseguição a Glenn Greenwald e como isso é um ataque a liberdade de expressão e de mídia.

Mesmo sem investigação contra Glenn Greenwald, um Procurador que demonstra total alinhamento com Sérgio Moro, o denunciou nessa terça-feira (21), no âmbito da Operação Spoofing.




O Procurador que denunciou Glenn, denunciou também o presidente da OAB, por dizer que Moro agia como “chefe de quadrilha”, no entanto a tal denúncia não prosperou. Ele também havia denunciado Lula, por “se apropriar de crucifixo da presidência”.

O jornal diz que as denúncias contra Greenwald são um “deserviço” e “ameaça perigosa”.

O jornal critica ainda Sérgio Moro por “violar a lei” e cita o ex-presidente Lula.

“Ele enfrentou ameaças contínuas desde que revelou que os textos vazados mostravam atividade ilegal por um juiz [Sergio Moro] que ajudou a abrir caminho para a eleição de Jair Bolsonaro”, diz o editorial do jornal estadunidense.




”Os artigos de Greenwald fizeram o que uma imprensa livre deveria fazer: revelaram uma verdade dolorosa sobre os que estão no poder”. diz o jornal.

“Furar a imagem heróica de Moro foi obviamente um choque para os brasileiros e prejudicial para Bolsonaro, mas exigir que os defensores da lei sejam escrupulosos em sua adesão a ela é essencial para a democracia. Atacar os portadores dessa mensagem é um desserviço sério e uma ameaça perigosa ao Estado de Direito” conclui o jornal.

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”A prisão de Lula o tirou da disputa presidencial, abrindo caminho para a eleição de Bolsonaro – que então nomeou Moro como seu ministro da Justiça. Agora, além desse conflito de interesse implícito, as mensagens hackeadas sugerem que Moro violou a lei brasileira, segundo a qual os juízes deveriam ser árbitros neutros, para ajudar Bolsonaro.” diz o jornal em crítica direta a Moro, sugerindo que ele violou a lei para ajudar Bolsonaro.

O editorial foi notícia na mídia brasileira e entre importantes parlamentares.

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