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Ex-assessor de filho de Bolsonaro é chamado a depor

PODER 360

Fabrício José Carlos de Queiroz, ex-assessor do senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) citado em 1 relatório do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) por movimentação suspeita de dinheiro na conta bancária, depõe nesta 4ª feira (19.dez.2018) ao MP-RJ (Ministério Público no Rio de Janeiro).

O ex-assessor teria movimentado R$ 1,2 milhão, de janeiro de 2016 a janeiro de 2017. Uma das transações, 1 cheque de R$ 24.000, foi destinado à futura primeira-dama, Michelle Bolsonaro.

Em seu depoimento, o ex-assessor –que ainda não se pronunciou– deve alegar, segundo apurou o Drive, que comercializava bugigangas importadas sem nota fiscal e que atuava como agiota, tendo como clientes funcionários da Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro).

O jornal O Estado de S.Paulo revelou o caso em 6 de dezembro. O relatório do Coaf é fruto do desdobramento da operação Furna da Onça, ligada à Lava Jato no Rio, que prendeu 10 deputados estaduais em 8 de novembro.

Flávio Bolsonaro disse desconhecer as irregularidades. Ele, que fazia publicações quase que diárias no Twitter, não postou na rede social após o dia 8 de dezembro. Sua última publicação foi sobre o caso:

O presidente eleito, Jair Bolsonaro, disse que o dinheiro foi parte do pagamento de 1 empréstimo que havia feito a Queiroz. Segundo apurou o Drive, o valor teria sido para a compra de 1 automóvel.

Fabrício Queiroz era funcionário de Flávio Bolsonaro na Alerj. Há coincidências de depósitos e retiradas de dinheiro nas datas em que outros funcionários da Assembleia recebiam salários ou poucos dias depois.

Abaixo, o Poder360 elenca a cronologia do caso:

6.DEZ.2018
O jornal O Estado de S. Paulo revela 1 relatório produzido pelo Coaf que aponta movimentações suspeitas na conta do ex-motorista. O documento é fruto da Operação Furna da Onça, ligada à Lava Jato no Rio.

Fabrício Queiroz teria movimentado, de janeiro de 2016 a janeiro de 2017, R$ 1,2 milhão. Em uma das transações, 1 cheque de R$ 24.000 foi destinado à futura primeira-dama, Michelle Bolsonaro.

A assessoria de Flávio Bolsonaro afirma que não há “informação de qualquer fato que desabone” a conduta do ex-assessor parlamentar, exonerado em outubro para se aposentar. Pelo Twitter, Flávio confirma que Fabricio trabalhou com ele por mais de 10 anos e diz que o policial militar sempre foi de confiança.

O MPF (Ministério Público Federal) divulga nota em que confirma a existência do relatório do Coaf. De acordo com o MPF, o órgão não chancela a divulgação de trechos do documento “exceto se a movimentação relatada pelo Coaf, após examinada com rigor por equipe técnica, revelar atividade financeira ilegal“.

Segundo a nota, nem todos os nomes citados no relatório foram incluídos nas apurações, porque nem todas as movimentações atípicas são, necessariamente, ilícitas.

Os deputados Paulo Pimenta (PT-RS) e Paulo Teixeira (PT-SP), líderes da oposição, pedem à Procuradoria Geral da República que investigue Flávio e Michelle Bolsonaro.

Na proposta de representação criminal (íntegra), pedem à procuradora-geral da República, Raquel Dodge, que aprofunde as investigações.

7.DEZ.2018
O futuro ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, irrita-se com perguntas de jornalistas sobre a transferência de R$ 24.000 da conta de 1 motorista do deputado estadual e senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) para a futura primeira-dama, Michelle Bolsonaro, e abandona uma entrevista à imprensa.

O repórter Pedro Durán, da rádio CBN, gravou a cena e publicou no Twitter. Assista:

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