em Política

Ex-chefe da Receita fez mega operação para liberar joias milionárias para Bolsonaro

06/03/2023

O uso do estado brasileiro para fins privados e possivelmente para lavagem de dinheiro e outros delitos, o ex-chefe da Receita Federal do governo Bolsonaro, montou uma grande operação para liberar as joias de R$ 16,5 milhões para Jair e Michelle Bolsonaro. Isso tudo montado em parceria com o gabinete de Bolsonaro, entenda o caso:

Julio Cesar Vieira Gomes, ex-chefe da Receita Federal do governo Bolsonaro, discutiu em reunião com o tenente-coronel Mauro Cid, despachante de Jair Bolsonaro (PL), a criação de um pedido oficial de devolução dos R$ 16,5 milhões, um ofício, em presentes que o Reino da Arábia Saudita deu a Bolsonaro e à ex-primeira-dama Michelle. A fonte da notícia é a jornalista Andréia Sadi do g1.

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O ex-chefe da Receita estava em contato direto com Bolsonaro em dezembro, para discutir como recuperarem as joias que foram apreendidas cofres da Receita no Aeroporto Internacional de Guarulhos. Bolsonaro estaria “pilhado” para conseguir recuperar as joias e não deixar nada para a gestão Lula.

Agora, Michelle Bolsonaro acionou até advogado para recuperar as joias, ou seja, as joias no valor de R$ 16,5 milhões nunca iriam para as mãos da União, como alegavam os bolsonaristas.

Em ofício datado de 28 de dezembro, Cid escreveu ao então chefe da Receita, solicitando a “incorporação dos bens abaixo descritos a este órgão da União”” e autorizando Jairo Moreira da Silva, primeiro-tenente da Marinha, a retirar as joias. O documento foi anexado e enviado a um assesor Julio Gomes por e-mail , o tenente Cleiton Henrique Holszchuk.

Ou seja, o envolvimento dos militares no caso das joias é direta.

Apenas uma hora depois, o chefe da Receita orientou José Roberto Mazarin, então superintendente da Receita em SP, a atender o pedido do ofício.

“Boa Tarde, Mazarin. Solicito Atender. Peço também encaminhar ao delegado ALF (alfândega) Guarulhos. Abraços”.

Servidores da Receita Federal, viram a movimentação estranha e atípica e começaram debates escritos sobre o que estava ocorrendo, impedindo a retirada das joias e ganhando tempo até a posse do atual presidente, Lula.

Houve pressões de Gomes e até mesmo a chegada do avião da FAB ao local, mas as conversas não avançaram e as joias ficaram retidas até o fim do governo Bolsonaro – e lá estão até hoje.

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