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Família de brasileiros presa em Londres por comandar esquema de prostituição e drogas é bolsonarista

A BCC deu matéria sobre uma gangue familiar presa em Londres por comandar uma ‘império’ que compreendia bordéis, prostituição e drogas.

Nas redes sociais eles colecionavam elogios de parentes, amigos e curiosos por ostentar com jetskis, um Rolls Royce, uma Ferrari e uma Lamborghini.



Numa das cidades mais caras do mundo, criticavam a corrupção no Brasil com postagens antipetistas e lavajatistas.

“Os corruptos piram”, diziam.

O que a BBC não fala é quem era o ídolo dos bandidos: Jair Bolsonaro, claro.




No Facebook do trio, o mito é onipresente.

O casal de paulistas Flavia Xavier-Sacchi (23) e Renato Dimitrov Sacchi (43), e o irmão dele, Raul Sacchi (49), foram condenados e presos.

Flavia e Renato confessaram a culpa e pegaram 8 anos de prisão. Raul pegou 9 anos e dois meses de cana.

Relata a BBC:

A quadrilha empregava pelo menos outros cinco brasileiros e faturava milhões de libras por ano, segundo a Scotland Yard, que trabalhou por mais de um ano com agentes infiltrados à paisana no esquema, descrito como “uma rede sofisticada de prostíbulos, pelos quais vendiam drogas e controlavam prostitutas, gerando lucros acima de um milhão de libras” – ou mais de cinco milhões de reais – por ano.




“As pessoas geralmente são reticentes ou têm muito medo de contribuir com investigações sobre escravidão moderna, por isso nosso trabalho é construir uma acusação e desmontar essas organizações criminosas usando todo tido de prova possível”, disse a polícia metropolitana de Londres, em nota. (…)

Segundo a Scotland Yard, os três eram os cabeças de rede de prostíbulos ilegais espalhada em seis bairros do norte de Londres e “desfrutavam de estilos de vida luxuosos, gastando os lucros obtidos com a exploração de profissionais do sexo em férias de luxo, veículos e joias”. (…)

A família Sacchi foi presa em 7 meses antes do julgamento, em fevereiro deste ano. Na casa de Renato e Flavia, a polícia encontrou £ 50 mil libras (ou mais de R$ 250 mil) em dinheiro, dois tasers e uma lata de gás de pimenta – os artefatos eram usados, junto a bastões de beisebol, na segurança dos prostíbulos. (…)

O inspetor-detetive Dan Mitchell, que coordenou as operações, disse que “através de um exame minucioso dos dispositivos, os detetives descobriram que o grupo via suas atividades como um negócio legítimo e se esforçava ao máximo para protegê-las”.

A polícia apreendeu o celular da turma e teve acesso às conversas de WhatsApp.

Numa delas, Raul Sacchi escreveu o seguinte: “Não existe isso de garotas cansadas. Elas estão ali para trabalhar.”

Empreendedorismo é isso aí





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