em Política

General demitido por Lula peitou Dino, colocou dedo na cara de interventor

22/01/2023

O General Júlio César de Arruda, demitido por Lula, nesse sábado (21), peitou o Ministro da Justiça, Flávio Dino e colocou dedo na cara do interventor da segurança do Distrito Federal, Ricardo Capelli. Além disso, ele impediu a prisão de golpistas.

O ex-comandante do Exército, o general Júlio César de Arruda, teve discussões intensas com o Ministro da Justiça, Flávio Dino e com o interventor da segurança Pública do Distrito Federal, Ricardo Capelli.

As informações são do jornalista Guilherme Amado, no Portal Metropoles.

“Naquela noite, o comandante militar do Planalto, general Gustavo Henrique Dutra de Menezes, teve uma dura discussão com o interventor Ricardo Cappelli. O clima esquentou quando o secretário, liderando a tropa da Polícia Militar, chegou ao Setor Militar Urbano e anunciou que prenderia os golpistas acampados em frente ao quartel-general. O general afirmou que a tropa da PM não passaria dali”, escreveu o jornalista.

O comandante do Exército e Cappelli se reuniram no Comando Militar do Planalto. Houve a primeira discussão tensa de Arruda naquela noite, quando chegou a colocar o dedo na cara de Cappelli e do então comandante da PM, coronel Fábio Augusto Vieira.

O policial, preso por determinação de Alexandre de Moraes, afirmou em seu depoimento que o Exército havia proibido prisões. Em dado momento, Arruda dirigiu-se para o policial, também com o dedo em riste. “O senhor sabe que a minha tropa é um pouco maior que a sua, né?”, disse, em tom de ameaça, referindo-se às tropas da PMDF e do Exército.

Houve até uma reunião entre Flávio DIno (Justiça), José Múcio (Defesa) e Rui Costa (Casa Civil), com o ex-comandante do Exército. Houve naquela reunião, até ameaças e temperatura subindo entre Dino e o general.

O general exigiu que os ônibus dos golpistas, apreendidos, fossem devolvidos.  Dino afirmou que não devolveria, porque era prova do cometimento de um crime, e assim seriam tratados.

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O general, subindo o tom de voz, insistia que ninguém seria preso no acampamento, conforme relatou a repórter Marina Dias. Dino também alterou a voz e manteve que a ordem dele seria cumprida e todos seriam presos.

A demissão de Arruda foi sacramentada quando chegou a Lula a informação de que Arruda não demitiria o tenente-coronel Mauro Cid.

Cid era o principal ajudante de ordens de Jair Bolsonaro e cuidava até das contas pessoais da família – uma espécie de Fabrício Queiroz do Palácio do Planalto –, e hoje está lotado no 1º Batalhão de Ações e Comandos, em Goiânia. Trata-se de uma das unidades do Comando de Operações Especiais do Exército, e, por estar nos arredores de Brasília, passível de ter que ser acionada para garantir a segurança da capital.

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