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Há movimentos de protesto contra Bolsonaro na ONU, diz embaixador

O embaixador Samuel Pinheiro Guimarães disse ser possível que delegações de outros países deixem o plenário durante o discurso de Jair Bolsonaro na Assembleia Geral das Nações Unidas. “Aparentemente há uma mobilização muito grande nos Estados Unidos de movimentos de protesto”, disse à TV 247. Assista

247 – O embaixador Samuel Pinheiro Guimarães conversou com a TV 247 sobre um possível protesto contra Jair Bolsonaro na ONU e explicou ser possível que delegações de outros países deixem o plenário durante o discurso do presidente brasileiro. O ex-secretário-geral do Itamaraty falou também na entrevista sobre a ação da Polícia Federal na última quinta-feira (19) no gabinete do senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), líder do governo no Senado.



O embaixador disse acreditar que seja possível acontecer um gesto em sinal de contrariedade ao brasileiro na ONU. “Aparentemente há uma mobilização muito grande nos Estados Unidos de movimentos de protesto, isso naturalmente do lado de fora do prédio das Nações Unidas. Mas poderia haver também uma reação das próprias delegações que, por exemplo, poderiam se retirar do plenário, não são obrigadas a assistir o discurso, nem do Brasil e nem de nenhum país, levanta e sai”.

Em tom de ironia, Samuel disse que a França, apesar dos recentes atritos com o Brasil, não participaria deste tipo de movimento. “A França, tão bem tratada pela live do corte de cabelo, não vai fazer isso porque a França é um país esperto, que sabe lidar com as relações internacionais, tem grandes interesses no Brasil e sabe que o Bolsonaro já declarou que tem a BIC na mão”, apostou.




‘Moro não controla a PF’

O embaixador falou ainda sobre a ação da Polícia Federal, subordinada ao ministro da Justiça, Sérgio Moro, de busca e apreensão no gabinete do senador e líder do governo, Fernando Bezerra. Para ele, Moro não tem controle sobre a PF. Ele disse ainda que se o caso ocorresse sob o comando de outro ministro, seria possível ocorrer até a demissão do diretor do órgão.

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“A Polícia Federal é subordinada ao ministério da Justiça, ou o ministro Moro não sabia, o que prova sua falta de controle sobre a Polícia Federal, ou o ele sabia e não avisou o presidente. O fato é que ele não tem o controle sobre a Polícia Federal, pode até ter designado alguém, mas ele não tem o controle, é diferente. Nessa hora, por exemplo, um ministro da Justiça que não tivesse sido avisado tinha que demitir o diretor da Polícia Federal, porque senão vira zona”.

Veja a entrevista:

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