Ibope: Haddad dispara e já lidera em Pernambuco
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JC Online UOL
Pesquisa mostra disparada do PT, com Haddad, na corrida presidencial no Estado, seguido da ascensão de Bolsonaro e queda de Marina
Na primeira pesquisa JC/Ibope/TV Globo divulgada após o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad ser oficializado como o candidato do PT à Presidência da República, no lugar do ex-presidente Lula, o petista cresceu 16 pontos percentuais (p.p), saindo de 10% – percentual registrado em 5 de setembro – para 26%. Com o resultado, divulgado nessa segunda-feira (17), Haddad figura em primeiro lugar nas intenções de voto entre os pernambucanos. Em segundo, vem Jair Bolsonaro (PSL) que cresceu de 12% para 17%, no mesmo intervalo.
Ciro Gomes (PDT) se manteve estável dentro da margem de erro de três pontos percentuais, caiu de 13% para 12%. Marina Silva (Rede), que na segunda rodada aparecia com 15% das intenções de votos, sofreu um baque: na terceira rodada ficou com 8%. Geraldo Alckmin (PSDB) também se manteve estável dentro da margem de erro, de 6% caiu para 5%.
“Haddad teve um crescimento de 1,4 p.p por dia. É uma disparada, sem dúvida. A transferência dos votos de Lula é clara. Mas é preciso estar atento a outro ponto: Bolsonaro também cresceu”, comentou a cientista política e professora da Universidade Federal Fluminense (UFF) Débora Thomé.
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Ela alerta que não é possível saber se o candidato do PSL também está recebendo os votos que eram destinados a Lula no Estado ou se as pessoas, que antes votariam branco/nulo, decidiram se posicionar à favor do ex-capitão. “Pode ser que as pessoas estejam identificando um crescimento de Haddad e preferindo escolher Bolsonaro como forma de se posicionar contra o PT”, argumentou Débora.
O número de brancos e nulos caiu de 27% para 17% nos últimos 12 dias. “Essa redução mostra que, em Pernambuco, os eleitores estão decidindo se posicionar para presidente e esse é um movimento que pode significar muito nessas eleições tão pulverizadas”, explicou o cientista político e professor da FGV-RJ Sérgio Praça.
Para o especialista, a estagnação de Ciro e Alckmin já era esperada a essa altura da campanha eleitoral, mas a descida rápida de Marina é uma surpresa. Ele ainda alerta que os próximos levantamentos devem mostrar um enfraquecimento da ascensão de Bolsonaro e um crescimento ainda maior de Haddad. “Pernambuco é um Estado com perfil mais esquerdista e candidatos da direita tendem a ter menos sucesso”, analisou Praça.
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