em Pesquisas

Ipsos mostra desgaste da Lava Jato e aumento da rejeição a Moro

Matéria de Ricardo Mendonça no Valor fala do “lento processo de desgaste” da Lava Jato junto à opinião pública.

A operação “já teve dias mais gloriosos, mostra a série de pesquisas sobre o assunto realizada pela Ipsos, empresa que investiga o tema paralelamente à sua tradicional aferição da imagem de personalidades do meio político”, diz Mendonça.




Um dado que expressa bem essa tendência é a percepção sobre parcialidade/imparcialidade da operação. Em julho do ano passado, 74% dos brasileiros concordavam com a ideia de que todos os partidos políticos estavam sendo investigados pela Lava-Jato. Esse percentual foi caindo nas rodadas seguintes da pesquisa. Em fevereiro deste ano, ficou abaixo de 50% pela primeira vez (49%). No último levantamento, finalizado na primeira quinzena de agosto, o resultado foi 46%. (…)

Com maior ou menor velocidade, outros indicadores apurados pela empresa seguem a mesma tendência. A ideia segundo a qual as investigações devem seguir até o fim “custe o que custar” é compartilhada por 86% dos brasileiros hoje, dez pontos a menos que o apurado no auge da operação. (…)



No meio do ano passado, oito de cada dez brasileiros acreditavam que a operação contribuía para “transformar o Brasil em um país sério”. Mais da metade da população continua concordando com essa frase. Mas a proporção agora é de seis para cada dez. (…)

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Principal personagem associado à operação, o juiz federal Sergio Moro, titular da Lava-Jato na primeira instância, não é poupado do desgaste geral.

O magistrado acumula hoje mais desaprovação do que aprovação junto aos brasileiros. Os que desaprovam totalmente seu desempenho ou desaprovam um pouco são 48%. No polo oposto, os que aprovam totalmente ou aprovam um pouco somam 41%. Outros 11% não souberam responder na pesquisa de agosto.

Isso já foi radicalmente diferente, conforme mostra a série mensal de pesquisas. Em maio do ano passado, por exemplo, Moro era aprovado por 69% e desaprovado por apenas 22%. Na época, ele era a figura pública mais bem avaliada do país, conforme os critérios da empresa. (…)

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