em Justiça Partidária

Juiz que apoiava Moro o critica por participação no governo Bolsonaro

“O juiz Sergio Moro deixou a magistratura para fazer parte do governo Bolsonaro, que foi de certa forma beneficiado, não pela Lava Jato em si, mas por tudo o que acontecia naquela situação”, diz Nino Toldo, ex-presidente da Associação de Juízes Federais. Foi a opinião de um juiz que apoiava Moro e agora critica a participação dele no governo Bolsonaro




O juiz Nino Toldo, ex-presidente da AJUFE (Associação de Juízes Federais) que era um apoiador veemente de Moro e Lava Jato, em entrevista com o jornalista José Marques da Folha de São Paulo, se diz frustrado com as revelações da Lava Jato.

Nino era um defensor de Moro, ele afirmava que o ex-juiz era símbolo da Justiça porque ” não tinha partido, credo ou ideologia política”.




O que mudou com a entrada de Moro no governo Bolsonaro.

Nino Toldo que é integrante da Tribunal Regional Federal da 3ª região, critica a ida de Moro para o governo Bolsonaro e as trocas de mensagens reveladas na Vaza Jato, revelados pelo The Intercept.

“É fundamental, para que o sistema de Justiça funcione bem, que não exista nenhum questionamento quanto à imparcialidade do juiz. O juiz não deve dar motivo para que a sua imparcialidade seja questionada. Uma certa frustração que gera é que isso possa estar sendo questionado agora. Por exemplo, o juiz Sergio Moro deixou a magistratura para fazer parte do governo Bolsonaro, que foi de certa forma beneficiado, não pela Lava Jato em si, mas por tudo o que acontecia naquela situação. A meu ver é muito ruim esse questionamento. Não critico o Sergio Moro pela decisão que ele tomou de sair da magistratura. Mas qualquer medida que um juiz tome que possa pôr em dúvida a sua imparcialidade é criticável”, diz Nino Toldo.

Ele teme que o desgaste causado  a Lava Jato, provoque “retrocessos” no combate a corrupção.

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O juiz critica também a exposição de magistrados na mídia , o que Moro fazia muito.




O que o juiz precisa sempre levar em consideração é que ele tem suas próprias limitações, tem que buscar agir de forma extremamente correta nos casos que tem que julgar sem se deixar levar por essa aclamação popular que ele possa ter em função daquilo que ele está julgando.” também criticou Nino.

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