Mais 2 estudos dizem que a cloroquina não é eficaz contra o COVID
22/07/2020
Novos estudos publicados nessa quarta-feira (22) na revista científica Nature, evidencia o que outras pesquisas já diziam: A cloroquina não é eficaz contra o coronavírus e eles explicam o porquê.
Mesmo que o bolsonarismo insista com a cloroquina, a ciência nos mostra a verdade.
A cloroquina definitivamente não funciona contra o coronavírus. De acordo com 2 novos estudos o medicamento não apresentou nenhum resultado positivo para justificar seu uso.
Os dois novos estudos publicados na revista científica Nature, apontam que a hidroxocloroquina não é útil no tratamento contra o COVID-19. Mais uma pesquisa entre tantas outras muitas…
👉Dois novos papers publicados ahead of print na @nature evidenciam que a HCQ não inibe infecção do SARS-CoV-2 em células pulmonares e nem tem efeito profilático em primatas. pic.twitter.com/EVUfbfbpcu
— Jose Gallucci-Neto (@josegallucci) July 22, 2020
De acordo com um dos estudos, não foi encontrado efeito antiviral do medicamento contra o Sars-Cov-2 em macacos. Ao passo que outra pesquisa feita com células pulmonares humanas infectadas, não encontrou efeitos positivos da cloroquina.
Ou seja, em uma pesquisa o medicamento falhou em combater o vírus em macacos e em outra não teve qualquer efeito positivo em células pulmonares humanas infectadas.
A publicação científica contudo foi ainda mais longe e categórica em afirmar:
Que o medicamento não é eficaz tanto no tratamento quanto na prevenção da doença.
No teste em primatas, a cloroquina não teve eficácia em nenhum momento da doença.
- Nem antes da infecção (profilaxia)
- Logo após o contato com o vírus
- Ou em casos mais graves e avançados.
Macaco usado nas pesquisas: Espécie ‘Macaca fascicularis’ — Foto: André Ueberbach/Creative Commons
“Não conseguimos provar a atividade antiviral nem eficácia clínica no tratamento com hidroxicloroquina”, escreveram os autores da pesquisa.
Portanto como afirmou a Sociedade Brasileira de Infectologia, é uma irresponsabilidade usar o dinheiro público com um medicamento que não tem nenhuma eficácia contra o coronavírus.
Resumo do estudo de acordo com a Neurocientista Melaine Fontes:
Leia a pesquisa completa no Nature
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