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Procurador reconhece fake news de Flávio Bolsonaro contra Lula

04/04/2022

A família Bolsonaro ligou o botão do desespero e dos ataques totais contra adversários, no caso, contra o ex-presidente Lula (PT) , que lidera a pesquisa eleitoral presidencial com certa folga em relação a Jair Bolsonaro (PL). Agora um Procurador do MP, reconhece fake news do senador Flávio Bolsonaro contra Lula. Confira:

O Senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) lançou um vídeo fake news, que foi massivamente espalhado por evangélicos bolsonaristas, em que um vídeo de Lula foi adulterado e editado, para dizer que o ex-presidente tinha “pacto com o demônio”.

Incapazes de fazer o pai subir, pelas vias eleitorais e por obras do governo ( que não possuem nada de bom para mostrar ao povo), a família Bolsonaro ligou a metralhadora de fake news contra seus adversários, tendo Lula, como o principal alvo.

Veja a nota do site do Lula sobre o fato de um procurador da Procuradoria-Geral Eleitoral, ter reconhecido uma fake news do senador Flávio Bolsonaro contra Lula:

Tanto a Polícia Federal quanto o Judiciário já reconheceram a existência de uma milícia digital que, de dentro do Palácio do Planalto, produz e espalha desinformação e mentira. Agora, também o Ministério Público Eleitoral admitiu o uso de “táticas repulsivas” empregadas por políticos ligados a Bolsonaro contra adversários.

Na última semana, a Procuradoria-Geral Eleitoral enquadrou uma publicação do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como fake news. O procurador Paulo Gonet, no entanto, se posicionou contra a imposição de punição eleitoral ao parlamentar.

Flávio Bolsonaro publicou vídeo, obviamente editado, afirmando que Lula teria pacto com o demônio. A montagem quer enganar e passar a impressão de que Lula diz que estava “falando com o demônio” e que o “demônio estava tomando conta” dele.No vídeo original, Lula estava justamente denunciando a rede suja de mentiras bolsonaristasque inventa que o ex-presidente teria relações com o diabo. A publicação foi compartilhada por outros políticos bolsonaristas, como um certo vereador Rômulo Quintino (PSC). 

Ao se manifestar na representação do PT, que cobrava punição ao senador por propaganda eleitoral negativa, o procurador concordou que as imagens foram distorcidas para tentar manchar a reputação de Lula, ou seja, admitiu que o post é mentiroso e manipulado, porém, deu parecer contra a ação por entender que a publicação não teve o objetivo de ferir a integridade do processo eleitoral. A relatora do caso, ministra Maria Cláudia Bucchianeri, ainda vai se manifestar sobre o arquivamento ou não da representação.

O entendimento de que não houve objetivo eleitoral na fake news foi criticado na imprensa. O jornalista Reinaldo Azevedo afirmou que a decisão do procurador foi equivocada e insustentável. “Dizer que um óbvio pré-candidato conversa com o demônio, vindo isso de um político cujo pai disputa a eleição e está na presidência, obviamente é uma campanha antecipada negativa. Lastimável a sua decisão”, disse.

Ao reconhecer que o parlamentar disseminou grave conteúdo manipulado, com condão de enganar seguidores e causar danos a imagem de terceiros, mas isentá-lo de punição, passa-se a impressão de que algumas fake news são permitidas.

Apesar de esse movimento ser um grande passo, é preciso maior rigor no combate a esse tipo de ação, inclusive por parte das redes sociais. Cabe às plataformas não apenas retirar os conteúdos do ar, mas pensar formas de prevenir a disseminação, conscientizar os perfis, identificar e punir os grandes propagadores de mentiras.

Ao Judiciário cabe a aplicação de sanções. O vídeo foi retirado do ar, mas antes disso, os parlamentares inflamaram seus seguidores a espalhá-lo, especialmente entre líderes religiosos. Ou seja, independentemente de haver ou não conexão eleitoral (o que obviamente há), a desinformação foi disseminada e causou, sem dúvida, prejuízo à imagem de Lula.

   

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