em Economia

Quem disse que o MST não produz? Toneladas de grãos no mercado

Reportagem do Valor Econômico, desfaz um dos maiores mitos que se espalha sobre o Movimento dos Sem Terra, a de que o movimento “não produz” e que são “exército de vagabundos invasores” (na linguagem mais pitoresca do bolsonarismo), o movimento tem se organizado cada vez mais em cooperativas produtivas de produtos do campo.




O resultado de anos de luta do movimento, que queriam se assentar e produzir. As famílias do MST hoje se organizam por meio de cooperativas e associações e vendem e produzem alimentos em larga escala para o mercado interno. A BBC mostrou como o MST se tornou o maior produtor de arroz orgânico da América Latina, produzir sem transgênicos.

Cooperativas ligadas ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra produzem pelo país toneladas de grãos, além de frutas e hortaliças, leite e suco de uva, entre outros itens. Famílias assentadas são sócias de marcas próprias, têm gestão profissionalizada e vendem para governos e grandes redes varejistas, no país e no exterior.
O MST diz não ter um levantamento sobre o faturamento total das 162 cooperativas com as quais mantêm ligações. Mas informa que quatro das mais bem estruturadas desse grupo registraram entre janeiro e outubro deste ano receita conjunta de quase R$ 300 milhões.

“Nossa prioridade política em 2019 não foi ocupação de terras, foi a venda direta de alimentos por meio das feiras”, afirma Kelli Mafort, integrante da coordenação nacional do movimento.



Imagem: Valor Econômico, cooperativas do MST

 

 

 

 

 

 

 

A mudança de perfil, segundo o jornal Valor Econômico, se deve ao perfil das famílias que integram o MST, que estariam agora focadas na produção de alimentos, famílias que foram assentadas  em áreas por meio da política nacional de reforma agrária.

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A reportagem destaca também uma mudança de estratégia por parte do MST, que prefere não expor as famílias que integram o movimento ás invasões, para não sofrer repressão por parte do governo atual, que fala e quer fazer de tudo para criminalizar os sem-terra, como classificar as ocupações á terras improdutivas, que o movimento realiza, como ato de terrorismo e com as excludentes de ilicitude e sua licença para matar, seria um massacre no campo.

A reportagem do Valor, mostra como o MST está produzindo em torno de cooperativas e abastecendo regiões,  e  exportando agora  arroz, açucar mascavo e cachaça, para países como a França, Uruguai e Alemanha.

Uma das marcas do arroz do MST, é que é um arroz sem adubo químico e sem pesticidas, um dos maiores produtores de arroz agroecológico da América Latina.

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