Requião diz que Bolsonaro quer lançar Brasil em conflito para encobrir falcatruas
Para ele, caso haja conflito, os jovens brasileiros serão “bucha de canhão”. Requião defendeu que os venezuelanos resolvam internamente sua crise política e afirmou que Trump finge ter motivações humanitárias, mas quer o petróleo do país
O ex-senador e ex-governador Roberto Requião, uma das lideranças do MDB no Paraná, publicou neste sábado (23) um vídeo em que acusou o presidente Jair Bolsonaro de querer lançar o Brasil em um conflito armado com a Venezuela para abafar os casos de corrupção envolvendo seu governo.
Leia também:
- Laudo de Marçal contra Boulos é falso, aponta perícia da Polícia Civil
- O Site que mostra os crimes e falcatruas de Pablo Marçal
- Irã diz que retaliará de maneira muito mais dura Israel, se eles atacarem
- Como combater a extrema-direita na política e culturalmente
“A crise forjada pelo governo Bolsonaro com a Venezuela revela a suprema audácia em operações diversionistas de um governo precocemente apodrecido, para encobrir falcatruas internas do seus integrantes”, afirmou Requião no vídeo, publicado em seu site. Para ele, caso haja conflito, os jovens brasileiros serão “bucha de canhão” de “uma guerra sem sentido, a fim de que se esqueça as falcatruas do clã Bolsonaro”.
Requião defendeu que os venezuelanos resolvam internamente sua crise política. “O Brasil não tem nada a ver com a política interna da Venezuela. Os venezuelanos têm que resolver isso. Essa história de ajuda humanitária é ridícula. A Venezuela tem mais de 30 milhões de habitantes e o Bolsonaro está simulando lá o envio de 500 kits de saúde. Estão tentando criar um conflito”, afirmou.
Ele ressaltou, ainda, que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, não tem motivações humanitárias. “O Trump já deixou claro que o que interessa a eles é o domínio do petróleo na Venezuela, como já estabeleceram anteriormente o domínio do pré-sal brasileiro.O petróleo venezuelano está a três dias e meio das costas americanas do Texas e o petróleo da Arabia Saudita está há 45 ou 50 dias. Se fosse problema de democracia, os EUA estariam intervindo e se manifestando na Arábia Saudita”, declarou.