Temer diz que votou em Bolsonaro e avalia bem o governo
O ex-presidente Michel Temer, que chegou ao poder por uma conspiração contra a presidente eleita Dilma Rousseff, disse em entrevista que votou em Bolsonaro e que governo Bolsonaro é “bom” porque é a “continuação do seu governo”. Temer afirma em entrevista ao Estadão, que votou em Bolsonaro.
O governo Bolsonaro representa a continuação do governo Bolsonaro e quem avalia isso é o próprio em entrevista ao jornalista Pedro Venceslau do Estadão “O governo vai indo bem porque está dando sequência ao que fiz. Peguei uma estrada esburacada. O PIB estava negativo 4%. Um ano e sete meses depois o PIB estava positivo 1.1%, além da queda da inflação e da recuperação das estatais. Entreguei uma estrada asfaltada. O governo Bolsonaro, diferente do que é comum em outros governos que invalidam anterior, deu sequência. Bolsonaro está dando sequência ao que eu fiz”, afirma Temer na entrevista.
Para Temer, o “bom” do governo Bolsonaro é que ele está “dando sequência” a tudo que ele fez em seu governo.
Temer acaba confessando também que votou em Bolsonaro no segundo turno das eleições de 2018: ” Acabei votando nele (no segundo turno) por uma razão. Eu recebia muitas críticas indevidas da outra candidatura (Fernando Haddad). Votei em quem não falou mal do meu governo.”
Lembrando quando Jair Bolsonaro era apenas um deputado federal, ele votou a favor de projetos do governo Temer.
Inclusive antes de assumir como presidente, Bolsonaro afirmou que iria manter muita coisa do governo Temer.
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Temer disse que Bolsonaro foi procura-lo após ser eleito para ‘pedir conselhos”.
“Cada um tem o seu estilo. Ele tem o estilo do confronto, que é oposto ao meu, de conciliação. Fui falar em Oxford, Madrid e Salamanca e pude avaliar uma certa preocupação com isso. Mas a preocupação central é com a segurança jurídica. As pessoas querem ter certeza que se investirem aqui não terão surpresas. O presidente Bolsonaro diz uma determinada coisa, mas sua ação é diversa. Quando ele me visitou logo após a eleição, me pediu modestamente para dar conselhos. Eu disse que não daria conselhos para quem foi eleito com quase 60 milhões de votos, mas disse que daria palpites. Disse que a relação com China é importantíssima. Não podemos ser unilateralistas. E verifiquei que, tempos depois, ele foi à China.” disse Temer
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