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4 motivos para não desprezar Bolsonaro na eleição

30/01/2022

Todas pesquisas mostram que Jair Bolsonaro, pode perder as eleições com uma vitória acachapante de Lula, contudo um princípio importante da guerra e estratégia, é nunca desprezar seu inimigo, com isso é preciso atentar para a força do bolsonarismo, ainda que aquém do que foi um dia, continua pulsando e com uso de determinadas ferramentas pode desestabilizar as eleições de 2022.

De acordo com as últimas pesquisas divulgadas, por diversos institutos de pesquisa, Bolsonaro tende a perder a eleição para o ex-presidente Lula, com diferenças que chegam e superam até a 20 pontos.

Contudo, como um princípio de guerra e estratégia, nunca se deve desprezar o inimigo, ainda mais quando se trata de Bolsonaro e sua máquina poderosa de fake news e superestrutura religiosa e governamental, que ele tem ao seu lado.

As pesquisas mostram que Bolsonaro amarga seu pior momento, a economia vai mal, a imagem deteriorou-se, mas vamos enumerar o porque não devemos baixar a guarda nas eleições de 2022.

1- Bolsonaro e a máquina governamental

Apesar de restrita sua atuação, em período eleitoral, em que a inflação corrói a renda dos brasileiros e a percepção da economia, vai de mal a pior, pode desiquilibrar um pouco o jogo político. A força da máquina governamental para despejar dinheiro em parceiras municipais e estaduais, pode fazer uma pequena diferença.

Apesar disso, poucos governadores vão querer se associar ao bolsonarismo, devido sua campanha contra os governos estaduais em fake news sobre as vacinas e ICMS, relacionado á gasolina e diesel.

Mas a máquina tem orçamento público, para ser utilizado.

Conta-se que a maioria da base do centrão, deve abandonar Bolsonaro depois de abril e migrar para Lula, quando as últimas emendas parlamentares do ano devem ser distribuídas.

2- Estrutura de fake news e disparos em massa

Todos conheceram em 2018, a força da comunicação pelas redes sociais e aplicativos de mensagem do Bolsonarismo, além de correntes de fake news.

Essa campanha já iniciou com toda força em 2022, quando semana passada, um vídeo do ex-presidente Lula, foi modificado, cortado e editado, para afirmar que o mesmo tinha pacto com o diabo.

O vídeo foi cuidadosamente, repassado em massa entre o público evangélico, em que Lula tem uma pequena vantagem sobre Bolsonaro, de acordo com as últimas pesquisas.

Além disso, começam a se espalhar novamente fake news, contra todos adversários de Bolsonaro.

Essas armas devem ser utilizadas em todo seu potencial, próximo ás eleições em outubro desse ano, por isso, não se pode baixar a guarda e menos ainda apenas responder fake news, é preciso denunciar a máquina de fake news e ter ações para derrota-los em sua estrutura.

O inquérito das fake news, até hoje não teve um desfecho, contudo acabou desbaratando parte da estrutura de fake news do bolsonarismo, de importantes blogueiros e militantes do bolsonarismo.

3- Alianças com importantes líderes do meio evangélico

Bolsonaro tem ao seu lado, aliança com Bispo Macedo, RR. Soares, Valdemiro Santiago, Silas Malafaia e tantos outros, que foram beneficiados por alguma medida do governo Bolsonaro.

Como se sabe, os mesmos tem uma capacidade de influência que ultrapassa a casa dos milhões.

Alguns usando inclusive, o espaço e mídia que tem, para difundir fake news e o uso do medo no meio evangélico, contra a esquerda e Lula.

Em uma eleição tão importante como a de 2022, em que o Brasil pode enterrar de vez o bolsonarismo e a extrema-direita, nada deve ser desprezado.

4- Elite financeira, militares e EUA

É sempre bom lembrar os interesses, que culminaram com o Impeachment de Dilma Rousseff, ou melhor golpe, a queda de João Goulart, o golpe de 64.

Todas essas tem em comum a presença da elite financeira, dos militares e dos EUA.

Em um contexto de nova guerra fria internacional, onde os EUA, tentam conter a influência da China e da Rússia no mundo, manter sua hegemonia, o Brasil, o gigante da América do Sul, pode ser um palco novamente da disputa internacional, que é travada no mundo.

Apesar de ser tido como “ogro” e outras adjetivações negativas, Jair Bolsonaro, pode ser escolhido novamente pelas elites, se Lula apresentar um programa econômico que vá contra os interesses de espoliação das elites nacionais e internacionais.

Só o fato de Lula, falar em revogar a reforma trabalhista, já atiçou as elites da Faria Lima e seus jornais, como o Estadão.

É preciso lembrar também, a influência direta dos EUA, na Lava Jato, que visou tirar Lula das eleições.

O jogo político tende a ser duro e não se pode colocar toda elite ao lado de Bolsonaro, pois há setores da elite brasileira, de empresários que ainda sonham novamente com a indústria naval e outros setores de desenvolvimento, que devem optar por Lula.

Mas o agronegócio e outros setores podem aderir em massa á Jair, a não ser que haja mudanças geopolíticas e reorientações da China e outros grandes compradores de nossa soja, em relação ao Brasil de Bolsonaro.

Por isso é sempre bom, ficar atento.

A Vitória está em não desprezar o inimigo

Se há uma coisa em comum entre Maquiavel, Sun Tzu, Clausewitz e outros gênios da estratégia militar, é não desprezar o inimigo. Em uma etapa tão importante do nosso processo democrático, que são as eleições de 2022, é preciso estar atento e a postos, para derrotar o bolsonarismo.

É importante, nunca desprezar a capacidade de mobilização e luta política do bolsonarismo.

Mas também torna-se imprescindível, levar o debate para o campo econômico e das mazelas que esse governo trouxe ao povo brasileiro.

As fake news e o debate serão levado para o campo moral e das mentiras, contudo a verdade e a destruição desse governo, que são presentes na vida do povo brasileiro, devem ser memorados, para que o povo não caia em armadilhas.

   

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