‘É difícil ser patrão no Brasil’, diz Bolsonaro em reunião com MDB de Temer
Folha de São Paulo
Em reunião com parlamentares, presidente eleito disse que ser chefe no país é ‘horrível’
Em mais uma defesa da flexibilização das leis trabalhistas, o presidente eleito, Jair Bolsonaro, afirmou que, mesmo após a reforma da CLT, continua sendo difícil ser patrão no Brasil.
Leia também:
- Tite se recusa a encontrar Bolsonaro antes da disputa da Copa América
- Moro indica general que foi candidato derrotado do PSDB para Secretaria de Segurança
- Lula teve o julgamento mais severo no TRF-4 demonstra revista do Grupo Globo
- Bolsonaro levanta taça de 18 quilos com a bolsa de colostomia que o impediu de ir aos debates
- Em retaliação a Bolsonaro, países árabes derrotam Brasil em orgão da ONU
- Fraude com CPF permitiu disparos no Whatsapp contra Haddad
Em reunião reservada com deputados do MDB e do PRB, no CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil), o presidente disse que era “horrível” ser chefe no país, segundo afirmaram pessoas que estiveram no encontro.
“Alguns falam até que poderíamos nos aproximar de legislações trabalhistas como existem em outros países, como nos Estados Unidos. Eu acho que seria aprofundar demais, mas a própria reforma trabalhista última, que eu votei favorável, já teve um reflexo positivo: o número de ações trabalhistas praticamente diminuiu à metade. E hoje em dia continua sendo muito difícil ser patrão no Brasil, não há dúvida”, afirmou em entrevista coletiva a jornalistas na saída do CCBB, onde funciona o gabinete de transição.
“Eles [setor produtivo é que] têm dito, não sou eu, que o trabalhador que vai ter que decidir: um pouquinho menos de direito e emprego ou todos os direitos e nenhum emprego. É a palavra de quem emprega no Brasil”, afirmou.
Em relação ao fim do Ministério do Trabalho, com distribuição das secretarias em outras pastas, Bolsonaro defendeu que os trabalhadores não serão prejudicados.
“Essa pasta do Trabalho é de recordações aqui que não faz bem à sociedade. Ali funcionava como um sindicato do trabalho, e não como um Ministério do Trabalho. Nenhum trabalhador vai perder os seus direitos até porque eles estão garantidos no artigo 7º da constituição”, disse.