Bolsonarista fiel ou “bolsominion” são apenas 14% da população
Os famosos “bolsonaristas heavy” ou gado bolsonarista, que acreditam em tudo que diz o presidente da República e que não deixam de apoia-lo, uma boa parte é branca e da região sul do país
A faixa de eleitores que confiam plenamente em Bolsonaro e são seus seguidores convictos, segundo nova análise do Datafolha, feitas pelos diretores do instituto Mauro Paulino e Alessandro Janoni, passou dos 12% para 14%, o índice chega a 37% entre empresários, 31% entre os habitantes do sul do país mais ricos e 29% entre os homens com renda superior a 5 salários mínimos, aponta a nova análise do Instituto Datafolha.
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No extremo oposto, detratores “heavy”, que não votaram, o reprovam e não confiam em Bolsonaro, oscilaram negativamente dois pontos nos últimos três meses —de 30% para 28%. São principalmente entrevistados que se auto classificam indígenas (42%) e negros (35%). Também ocorrem com mais frequência entre os que se dizem desempregados (39%), estudantes (37%) e entre as mulheres de menor renda (32%)”, dizem Paulino e Janoni.
Mesmo em número menor, esse grupo social tem uma força social acima da média brasileira. A presença deles aumenta, quando aumenta a renda das famílias. Outro perfil do bolsonarista raiz ou heavy é seu perfil sócio-econômico, que atinge 37% dos empresários. É análise de Reginaldo Prandi, Professor Emérito da FFLCH-USP e um dos fundadores do Datafolha, no jornal da USP.
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Donas de casa e desempregados formam a camada que menos tem adesão ao bolsonarismo radical, ambos com 8%. Estudantes que aderem ao bolsonarismo são apenas 3%.
O perfil médio do bolsonarista fiel ou bolsominion ou gado bolsonarista, como se fala em redes sociais, é um homem branco de idade madura, escolarizado e estrato social de médio para alto. Entre as religiões, o neopetencostal evangélico, o bolsonarista roxo ou raiz chega a 23%.
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Reginaldo Prandi, professor emérito da FFLCH-USP e um dos fundadores do Datafolha,analisa que o bolsonarista raiz não é um retrato do brasileiro médio e que se deve prestar atenção nos segmentos médios, que não apoiam Bolsonaro, mas aceitam parte de suas ações. Os dados no texto foram retirados de pesquisa do Datafolha, anterior ao divulgado nesse domingo, houve um aumento de 12% para 14% entre os seguidores fiéis de Bolsonaro, no entanto a pesquisa é válida para entender o bolsonarismo e seus seguidores.