Lula quer criar Banco sul americano e Conselho de Defesa da América do Sul
14/12/2021
O ex-presidente Lula, visando uma maior integração regional da América Latina e da América do Sul e já prevendo golpes de estado e militares alinhados com a extrema-direita, quer criar um Banco sul americano e um conselho de defesa sul-americano.
Lula, disse a Telam, agência pública de notícias da Argentina, que busca uma maior integração dos países latino-americanos e da América do Sul.
De acordo com o ex-presidente, a América do Sul, falhou em não ter implantado um banco de desenvolvimento sul americano, além de um conselho de defesa em comum.
“Sei os erros que cometemos. Eu sei como éramos ingênuos quando tentamos a aliança. Havia uma grande desconfiança e isso precisava ser quebrado. Não precisamos depender dos Estados Unidos, da União Europeia ou da China”, disse Lula.
“Estou convencido de que devemos criar o Banco do Sul, o Conselho de Defesa Sul-americano, criar novas instituições e outros mecanismos que não dependam do Governo, porque é preciso separar, internacionalmente, o papel do Estado do Governo. Pretendemos fortalecer fortemente as relações multilaterais que nos colocarão em uma posição de independência do mundo. Por exemplo, o Banco do Sul. Poderíamos ter criado isso e, infelizmente, não o fizemos”, destacou Lula na entrevista.
Ainda segundo ele, os governos progressistas poderiam ter criado “mais parcerias científicas e tecnológicas entre nossas universidades. Quando criei a Unila (Universidade Federal da Integração Latino-americana, com sede em Foz de Iguaçu) sonhei com uma grande universidade latino-americana para que pudéssemos criar uma doutrina latino-americana, com professores latino-americanos no estudo da América Latina, para que tivéssemos um exemplo de criatividade. Infelizmente, a Unila funciona, mas em uma extensão muito menor do que eu esperava”.
Lula, anteriormente, já defendeu uma maior integração latino-americana, contra interferência norte-americana na região da América Latina.
Lula disse, ainda,que é preciso mudar a atual situação sócio-econômica da América Latina. “Na América Latina a gente discute muito, a gente fala demais, mas dá tempo para colocar as coisas em prática. Sinceramente, se voltar a ser presidente do Brasil, voltarei com muito mais entusiasmo, com muito mais experiência, e me dedico a cada dia para que se isso acontecer, realmente mudemos nossos países. Não podemos continuar a ser a região mais pobre do mundo. Não podemos continuar a ser os que têm mais analfabetos, os que têm mais fome. Isso não é possível. Depende de nós. E pretendo, junto com outros colegas, fazer a nossa parte.”
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