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A retroescavadeira e a luta contra as milícias bolsonaristas

Por Igor Santos*

 

Se a sua ferramenta de trabalho é uma chave grifo ou caneta, você pode cruzar os braços e o nome disso é greve, inclusive a constituição assegura esse direito.




Agora se sua ferramenta de trabalho é uma arma de fogo e você responde a um sistema hierarquizado por patentes e comandos, também conhecido como casa militar, aí você não pode fazer greve, isso se chama motim e tanto a constituição quanto o código de procedimento militar configura isso como alta traição ou deserção.

A atitude de Cid pode não ter sido a mais inteligente, realmente não foi, mas a base pra tal atitude está correta sim, militar amotinado põe em risco a segurança dos civis e das instituições. Militar amotinado merece aim p dobro da força repressiva e judicial, são agentes do aparato de segurança do estado e da federação, não podem e não devem agir como bandidos.




Tanto os amotinados quanto qualquer dos envolvidos nesse motim, quer sejam parlamentares, autoridades de comando militar ou de esfera política, precisam e devem ser punidos.

Que normalidade é essa onde os policiais são a principal ameaça a segurança de um estado da federação? Encapuzados e com armas em punho, impondo toque de recolher a comerciantes, hospitais e outros aparatos públicos de primeira necessidade.

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Não sejamos inocentes, isso aí tem envolvimento sim da família Bolsonaro.

Na semana que os petroleiros somam 20 dias de greve e outras categorias se somam a sua luta, milicianos no Ceará começam um pandemônio e os guardas municipais cariocas anunciam greve no período do carnaval.

Eduardo Bolsonaro passou o dia de hoje defendendo a milícia cearense no Twitter.



Só pra lembrar que os líderes da milícia cearense fazem parte daquela comitiva que recebeu Bolsonaro no aeroporto de Fortaleza, coincidência né?

Pensa aí, se esses milicianos tem a ousadia de atirar no peito de um senador da República que é membro de uma das três famílias tradicionais do Ceará, o que eles são capazes de fazer com quem vive nas periferias?

*Igor Santos é jornalista do ABC Paulista.

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