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Bolsonaro se cala pelos 80 tiros do Exército em inocente e se solidariza com Gentili

Fernando Brito, Tijolaço

Jair Bolsonaro abriu espaço no seu dolce far niente para fazer o que não teve tempo de fazer com a família de Evaldo Silva, o músico fuzilado diante da mulher e do filho, domingo em Guadalupe, no Rio: prestar solidariedade.

Gentili, como se sabe, foi condenado a seis meses e 18 dias de prisão por ter chamado de “puta” a deputada Maria do Rosário, a mesma de quem Bolsonaro disse que não merecia ser estuprada por ser feia. Não satisfeito, exibiu-se, na internet, rasgando e esfregando nas partes íntimas (se é que algo é íntimo em quem faz isso) a notificação que recebeu de que estava sendo processado por isso.

Bolsonaro chama isso de “livre expressão” e, espero, o mesmo conceito não venha a ser usado contra a D. Michelle, sua mulher.Ou será que a ela não pode e a Maria do Rosário pode?

E, afinal, quem é condenado – e Gentili foi – não tem de ir para a cadeia?

“Vale para uns e não vale para outros” ?

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