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Dinheiro público: deputados do PSL de Bolsonaro gastam R$ 730 mil com empresas fantasmas

Dos 53 deputados federais eleitos pelo partido do presidente Jairo Bolsonaro, 20 gastaram com empresas que não existem nos endereços que constam nas notas fiscais

Dos 53 deputados federais eleitos pelo PSL, partido do presidente Jairo Bolsonaro, 20 gastaram R$ 730 mil com empresas que não existem nos endereços que constam nas notas fiscais. Isso em apenas 10 meses de mandato. O levantamento é do Estadão.



Os parlamentares do PSL foram eleitos com a bandeira da “nova política”, que é contra a corrupção, a troca de cargos por favores políticos, nomeação por critérios técnicos… Contudo, a renovação não aconteceu.

Somente Heitor Freire (CE) e Julian Lemos (PB) pegaram R$ 97 mil da verba indenizatória da Câmara dos Deputados para a impressão de panfletos e informativos sobre o trabalho realizado nos primeiros meses de mandato. No endereço apresentado pelos parlamentares como sede da empresa está um lava jato.




O deputado Delegado Pablo (PSL-AM) pagou R$ 100 mil para a manutenção das redes sociais. Ele contratou Igor Cordovil, atual secretário-geral do partido no Amazonas, para gerenciar seus perfis. A consultoria não funciona no local informado na nota fiscal.

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Apenas entre maio e outubro, o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), deputado Felipe Francischini (PSL-PR), pagou R$ 45 mil pelos serviços da Look Estratégias e Marketing. No endereço que consta na nota fiscal entregue à Câmara há uma placa de aluga-se. O último inquilino do local foi um consultório odontológico.

Os deputados Fábio Schiochet (SC) e Nereu Crispim (RS) também utilizaram os serviços da Look Estratégias e Marketing por R$ 12,5 mil e R$ 4 mil, respectivamente. O dono da empresa, Rafael Magalhães, confessou ao jornal que ela não funciona no local da nota fiscal.

Onde está instalado um salão de beleza, a nota apresentada pelo deputado Professor Joziel (RJ) atesta que funciona a empresa Total Gráfica e Editora. Lá, ele teria gasto R$ 41 mil com a impressão de jornais e solicitou verba indenizatória da Câmara.




Tentando se eximir da responsabilidade, a Câmara dos Deputados informou que “não chancela qualquer ilícito” e que cabe aos deputados confirmar que o serviço foi prestado e que a documentação apresentada pelo prestador é autêntica e legítima.

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