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Internautas resgatam fotos de Bolsonaro sorridente com sósia de Hitler

06/10/2022

O homem que se vestia igual a Hitler, com símbolos nazistas, ao lado de um Bolsonaro sorridente e bem receptivo.

Esquerda Diário.

Em 3 de Dezembro de 2015, Marco Antônio Santos, conhecido como “professor”, foi convidado por Carlos Bolsonaro (na época, do PP-RJ) a discursar no plenário da Câmara do Rio de Janeiro, frente à Comissão dos Direitos Humanos, em defesa do Escola sem Partido. Enquanto isso, escancarando a hipocrisia dos defensores do projeto, que prega uma falsa neutralidade, Carlos Bolsonaro concedia declarações contrárias à suposta “doutrinação política e ideológica em sala de aula”. Não há nada de neutro no discurso do autoritário projeto que visa a criminalizar e calar professores e a juventude: Marco Antônio Santos foi impedido de falar nessa sessão por estar vestido de sósia do Hitler.

No mesmo ano, o próprio Jair Bolsonaro tirou foto ao seu lado, reafirmando a referência do clã na figura nazista. O “professor”, em 2016, foi candidato a vereador no Rio de Janeiro pelo PSC, um dos ex-partidos do clã Bolsonaro, e é membro do pequeno e pouco conhecido grupo neonazista Nacional Democracia. Na época, sua campanha recebeu financiamento de Flávio Bolsonaro, colega de partido. A figura da extrema direita também compartilha com Jair Bolsonaro a admiração em suas redes sociais pelo repulsivo torturador da ditadura, Brilhante Ustra.

Apesar da demissão do ex-Secretário Especial da Cultura, justificada pelo presidente a partir do discurso, o fato é que essas ocorrências são mais uma prova de que não é de hoje que Bolsonaro e seu ódio contra mulheres, negros e LGBTs, sua perseguição à arte e ao marxismo, e sua sanha por atacar os trabalhadores com reformas em prol dos capitalistas não veem nenhuma importância em simpatizar com símbolos do nazismo.

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De fato, com sua verdadeira máquina de propaganda de fake news, a novidade da extrema direita é, em um momento afirmar que o nazismo foi de esquerda, em outro simpatizar e até plagiar o próprio nazismo, em um terceiro momento defender a liberdade de expressão dos defensores do nazismo, e em um quarto momento apadrinhar ou encobertar grupos fascistoides, milícias paramilitares etc. A verdade é que a direita pós neoliberalismo não consegue esconder, é que seu principal exemplo de país,o Chile, teve suas transformações econômicas defendidas por Paulo Guedes em prol do “livre mercado” – como a reforma da previdência – implementadas durante a ditadura sanguinária de Pinochet, e por isso, de defensores da liberdade estes direitistas não tem nada, além das mãos sujas de sangue dos trabalhadores.

Outras fontes: Congresso em Foco

       

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