Orgãos do governo usados para anular provas contra Flávio Bolsonaro
24/10/2020
De acordo com a mais nova denúncia, publicada na Revista Época, orgãos do governo Bolsonaro foram usados para paralisar/frear investigações e anular provas da corrupção do senador Flávio Bolsonaro , ou seja, um crime de responsabilidade, que teve a participação do presidente e de Ministros.
A nova denúncia contra o governo Bolsonaro, tem um potencial explosivo, o uso da máquina pública para além de frear investigações, também anular provas contra o filho do presidente, o senador Flávio Bolsonaro.
Ou seja, órgãos do governo atuaram para encontrar elementos que permitissem a anulação das investigações e provas envolvendo Fabrício Queiroz e o senador.
De acordo com matéria de Guilherme Amado, na Revista Época, ocorreu uma reunião em 25 de agosto, GSI (Gabinete de Segurança Institucional), Abin (Agência Brasileira de Inteligência), Receita Federal e Serpro (empresa pública de tecnologia da informação) estiveram presentes, convocados pelo presidente, para encontrar alguma prova que apontasse irregularidade nos relatórios de movimentações atípicas produzidos pelo Coaf.
Quem é a Procuradora bolsonarista que ajudou e retardou investigações contra Flávio Bolsonaro
O encontro, que acontece no Palácio do Planalto, teve a presença também de duas advogadas de Flávio, Luciana Pires e Juliana Bierrenbach, de acordo com reportagem da revista Época.
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A defesa do senador relatou que teria descoberto a chave para derrubar o caso Queiroz na Justiça, apresentando documentos que, na visão delas, provariam a existência de uma organização criminosa instalada na Receita, responsável por levantar informações que embasariam os relatórios de inteligência do antigo Coaf.
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Logo após, a revelação o chefe da GSI (Gabinete de Segurança Insitucional), General Heleno, divulgou uma notaem que admite ter encontrado advogados de Flávio, porém que negaria que o orgão fez ações para barrar investigações contra Flávio…. (quem iria admitir não é?).
— General Heleno (@gen_heleno) October 23, 2020
A Abin não se manifestou sobre a presença de seu diretor na reunião e mandou a mesma nota enviada pelo GSI. A Receita Federal não quis se manifestar. O Serpro não respondeu ao pedido de informações.
Parlamentares de oposição querem CPI para apurar crime de responsabilidade de Bolsonaro e participação no caso, de anulação de provas contra Flávio Bolsonaro.
Um crime grave que se provado, poderá custar caro a Bolsonaro.
Ou seja, chances reais de um Impeachment com extensas provas e materialidade.