Quase 1 milhão de pessoas sem energia em SP após quase 48 horas
13/10/2024
São Paulo, uma das maiores cidades capitais do mundo está a mais de 24 horas sem luz para milhões de pessoas. A situação tem chamado a atenção da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a ENEL foi privatizada no passado e agora os paulistanos colhem os frutos da privatização e da prefeitura de São Paulo.
Quase 48 horas que São Paulo foi atingida por tempestades, cerca de 900 mil ainda estão sem energia elétrica em São Paulo e zona metropolitana.
As informações foram divulgadas na manhã desse domingo (13).
Somente na cidade de São Paulo, aproximadamente 552 mil clientes ainda não tiveram o restabelecimento da energia elétrica. Em São Bernardo do Campo, são 60,4 mil unidades sem luz. Em seguida estão Cotia (59 mil) e Taboão da Serra (55,5 mil).
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O prefeito Ricardo Nunes (MDB) que concorre a reeleição, jogou a culpa da falta de luz em São Paulo no governo Lula, fazendo com que o Ministro das Minas e Energia, Alexandre Silveira o respondesse e lembrasse que a atual composição da diretoria da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) foi indicada por Bolsonaro, ainda em 2022 e teve participação e indicação do governador de São Paulo, Tarcísio Freitas, aliado de Nunes.
Veja o que disse o Ministro Alexandre Silveira, em resposta a Nunes:
“Sobre as falhas da ENEL em São Paulo: Gostaria de lembrar ao governador@tarcisiogdf que a atual composição da ANEEL, entidade responsável pela fiscalização da Enel, foi nomeada com mandato, pelo governo anterior, do qual ele foi destacado integrante.
Não faltou ao MME e ao nosso governo cobrança à agência para garantir punição adequada à distribuidora, incluindo o meu ofício que apontou o caminho da possível caducidade da Enel, há mais de 6 meses, em absoluto respeito à população da região metropolitana de São Paulo.
A Aneel bolsonarista não deu andamento ao processo de punição, nem mesmo a uma fiscalização adequada. O MME já avisou que não há qualquer indicativo de renovação da concessão da distribuidora em São Paulo e que a omissão da agência deve ser investigada pelos órgãos de controle.
O Governo Federal editou decreto que estabelece critérios mais rigorosos de avaliação de desempenho das concessionárias, além de ampliar a previsão de investimentos, garantir a qualidade do atendimento e melhorar o serviço, mas a agência do Bolsonaro tem que trabalhar sério”.
A concessionária justifica que “em alguns casos, o trabalho para restabelecer a energia é mais complexo, pois envolve a reconstrução de trechos inteiros da rede”.
Segundo a Enel, cerca de 1.600 técnicos estão atuando em campo para tentar normalizar o fornecimento de energia. “Esse contingente está sendo ampliado com a mobilização de equipes adicionais, além da chegada de técnicos do Rio, do Ceará e de outras distribuidoras”, diz a concessionária.