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VÍDEO: Moro inventa fake news que Zanin é padrinho de casamento de Lula e é desmentido

21/06/2023

Durante sabatina no Senado de Cristiano Zanin, para uma vaga no Supremo Tribunal Federal, o ex-juiz e atual senador Sérgio Moro repercutiu uma fake news que Zanin, que era advogado de Lula, também foi padrinho de casamento de Lula e Janja, contudo ele foi ”atropelado” pelos fatos.

Sérgio Moro, ex-juiz parcial da Lava Jato e atual senador pelo Paraná, tentou constranger o advogado Cristiano Zanin, durante sabatina no Senado, nessa quarta-feira (21), apelando até para fake news.

Durante a sabatina na Comissão de Constituição e Justiça do Senado Federal (CCJ), o senador Sérgio Moro (União Brasil-PR), afirmou que ”ouviu na internet” que Cristiano Zanin foi ”padrinho de casamento de Lula”. Além disso, o ex-juiz fez 14 perguntas para Zanin, tentando empareda-lo e com pegadinhas, contudo, logo foi emparedado e enquadrado por Zanin.

 “Minha relação com o presidente Lula é uma relação que se estabeleceu ao longo do tempo. Na relação de advogado tive uma convivência bastante frequente. Não fui padrinho do casamento do presidente Lula e prezo muito esta relação, assim como a relação que tenho com outras pessoas, inclusive deste Senado”, esclareceu Zanin.

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Além disso, por motivos pessoais, Moro pediu que Zanin se declarasse impedido de julgar processos relativos a Lava Jato. Zanin, contudo afirmou que se declararia impedido apenas nos casos em que o mesmo atuou como advogado em processos.

“Com relação à suspeição e impedimento, as regras objetivas podem desde logo serem tratadas e enfrentadas. Regra objetiva é: processo em que funcionei como advogado, se aprovado for por este Senado, não poderei vir a julgar se estiver no Supremo. Por outro lado, questões futuras, processos futuros, evidentemente é necessário para aquilatar ou não uma hipótese de impedimento ou suspeição analisar os autos, quem são as partes, qual é o conteúdo. Até porque não acredito que o simples fato de colocar uma etiqueta no processo e indicar o nome ‘Lava Jato’ possa ser um critério a ser analisado do ponto de vista jurídico para aquilatar a suspeição e o impedimento. Sem nenhuma crítica, no mundo jurídico sabemos que em um passado recente quase tudo que funcionava em varas especializadas muitas vezes recebia a etiqueta de ‘Lava Jato’. Então isso não é, para mim, um critério para um controle jurídico, mas sim aquilo que a lei prevê, que é exatamente analisar as partes e o conteúdo. Uma vez identificada uma hipótese de impedimento e suspeição, não terei o menor problema em declarar o impedimento e a suspeição e não participar do julgamento”.

Sobre as perguntas feitas por Moro acerca do livro de Zanin intitulado ‘Lawfare: uma introdução’, o advogado respondeu: “com relação ao livro, de fato ali há uma análise do caso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas também, sobretudo, o livro busca traçar perspectivas teóricas sobre o fenômeno chamado ‘lawfare’. Então não é um livro que trata de um caso concreto, mas sim um livro que buscou discutir esse conceito do ‘lawfare’, que foi um conceito que eu e minha sócia e esposa, Valeska, apresentamos ao país em 2016 e depois acabamos escrevendo esse livro, justamente para colocar os contornos conceituais daquilo que entendíamos ser o ‘lawfare’. Ali descrever as táticas para que as pessoas pudessem entender o raciocínio que nós estávamos apresentando publicamente e também pudessem aferir casos de ‘lawfare’ no Brasil e ao redor do mundo. Então a obra é uma obra conceitual e não pode, na minha visão, gerar em princípio qualquer impedimento ou suspeição”.

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