Ação da Lava Jato sobre propina em metrô de governo do PSDB está parada
O desembargador Paulo Gustavo Guedes Fontes, do Tribunal Regional Federal da 3.ª Região, em São Paulo, deferiu liminar na última quarta, 29, suspendendo audiências da ação da Lava Jato contra o ex-diretor do Metrô de São Paulo Sérgio Corrêa Brasil e 13 executivos das construtoras Odebrecht, Andrade Gutierrez, Queiroz Galvão e OAS por supostos crimes de corrupção entre 2004 e 2014, período que abarca as gestões Geraldo Alckmin, Claudio Lembo, Jose Serra e Alberto Goldman.
A decisão tem validade até que o Superior Tribunal de Justiça decida sobre de quem é a competência do caso, da Justiça Federal ou da Justiça Estadual.
“Verifica-se, portanto, que os dois juízos se consideram competentes para o processamento e julgamento dos fatos, de forma que é recomendável que se aguarde a definição da competência para o desenrolar da instrução, evitando-se a realização de atos que posteriormente possam vir a ser anulados”, assinalou o magistrado.
Com base em tal decisão, a juíza Flávia Serizawa e Silva, da 3.ª Vara Vara Federal Criminal de São Paulo, cancelou as audiências do processo que estavam marcadas para a última segunda, 3.
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No âmbito desta ação Brasil fechou acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal. Ele revelou supostos esquemas de propinas para abastecer as campanhas do alto escalão do PSDB ao governo estadual de São Paulo e também um suposto mensalão na Assembleia Legislativa para apoiar interesses de governadores tucanos.
Em uma série de depoimentos, Brasil relatou que as vantagens teriam beneficiado candidaturas de José Serra e Geraldo Alckmin. O delator não diz que entregou ou mandou entregar valores ilícitos em mãos de Serra e Alckmin. Mas afirma que o dinheiro seguia para as campanhas dos tucanos.
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