Operador de drone diz que jogou “veneno” em evento de Lula em Uberlândia
17/06/2022
Imagens obtidas com exclusividade pelo jornal O Globo, mostra que o operador do drone que teria jogado inicialmente, de acordo com informações da imprensa, fezes e urina, na realidade colocou veneno na mistura, foi o que o mesmo afirmou em vídeo. Ele jogou uma substância com forte odor no público.
De acordo com informações obtidas pelo jornal O Globo, o operador do drone, que teria jogado ”fezes e urina” no público, nessa quarta-feira (15), em apoiadores de Lula, em evento da campanha de Lula e Kalil, jogou na realidade veneno diluído em dois litros de algum líquido.
No diálogo, que é gravado nas imagens, eles dizem que a substância é “veneno” e que já teriam jogado “dois litros só”. Três homens foram presos pela operação do drone. Reportagem da Globo divulgou o vídeo e a transcrição do diálogo.
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Foi o que disse um vídeo obtido com exclusividade pelo jornal O Globo, veja parte da transcrição do vídeo:
Homem 1: Na hora que acaba o veneno, apita?
Homem 2: Apita.
Operador: Está saindo muito, fii. Nossa, meu Deus do ceú!
Risos
Operador: O povo tá correndo, véi.
Homem 2: Acabou não, chefe?
Operador: Não, tem produto aqui ainda. Ó o povo, tacando trem lá, véi.
Homem 1: Levanta, levanta.
Operador: Tenho que levantar, o povo tá tacando trem.
Homem 1: Pode levantar. Joga pra cima do palco. Joga pra cima do palco.
Operador: Nossa, véi. Em cima do palco?
Homem 1: É! Lá no rumo daquelas caixas lá, isso!
Homem 2: Aumenta a vazão.
Homem 1: Aumenta a vazão.
Operador: Já tá no máximo aqui.
Homem 2: Uai, tá demorando demais.
Operador: Tá ué. É que tá saindo pouco.
Homem 1: Será que tem muito ainda?
Homem 2: Quantos litros têm?
Operador: Tem, nós jogou dois litros só, fii.
Homem 1: Roda mais para o lado da arquibancada.
Operador: A lá, caindo. Ó o pau lá, cê viu?
Homem 1: Dá mais uma volta, vai andando. Não fica parado não. Vai andando que eles não acertam. Não fica parado não.
Risos
Homem 1: Não fica parado não.
Homens 1 e 2: Sobe mais, sobe mais.
A princípio, a informação era de que se tratavam de fezes e urina jogadas pelo drone. Segundo a Polícia Militar, o drone teria saído de um condomínio próximo ao centro universitário onde o encontro foi sediado.
Detidos, Rodrigo Luiz Parreira, Charles Wender Oliveira Souza e Daniel Rodrigues de Oliveira foram dirigidos à delegacia e prestaram depoimento. Após assinarem o Termo Circunstanciado de Ocorrência, foram liberados, mas devem seguir à disposição da Justiça para mais um interrogatório.
A reportagem do G1 tentou contato com os mesmos e com a defesa deles, contudo, não obteve respostas.