em Economia

Brasileiros madrugam e cruzam cidades por refeição de 1 a 3 reais

O movimento em restaurantes populares cresce com o aumento do emprego informal e com o desemprego em alta. A reportagem que mostra o drama de brasileiros, que madrugam em filas e até cruzam cidades, para conseguir refeição a preços mais populares.




Com o desemprego em alta e o aumento da informalidade, os brasileiros estão recorrendo aos restaurantes populares para poder ter todas refeições, os preços variam entre R$1,00 a R$ 3,00, de acordo com a cidade, é o que informa uma reportagem do jornal Folha de São Paulo, nesse domingo (22).

“A informalidade no país bateu recordes consecutivos ao longo do ano, chegando a 38,7 milhões de brasileiros no trimestre encerrado em outubro de 2019. No mesmo recorte do ano anterior, o total era de 38 milhões” mostra a reportagem da Folha.




Segundo a reportagem da Folha e dados do IBGE, o desemprego caiu de 13,3 milhões no início de 2019, para 12,4 milhões no terceiro trimestre, mas essa diminuição do número de desempregados, se deu sobretudo com o aumento do trabalho informal.

O trabalho informal, geralmente paga salários menores e não oferece o vale-alimentação, o que acaba afetando o orçamento com alimentação.

Por isso as pessoas optam cada vez mais por restaurantes populares.

Marco Aurélio Azevedo, 49,  um vigia noturno, afirma que pelo menos duas vezes ao dia come no restaurante de Bonsucesso, zona norte do Rio de Janeiro, que serve 600 cafés da manhã e 1.250 almoços diariamente.

“Em outros lugares você paga R$ 10 em um prato igual ao servido aqui, que ainda tem um cafezinho para completar”, diz Azevedo, que trabalha como autônomo

Clique aqui e receba nossas notícias no seu Whatsapp

Entre no nosso canal de Telegram e receba nossos conteúdos por lá

“Os pratos daqui têm um preço acessível para quem não tem dinheiro. Meu irmão, que mora comigo e é vendedor ambulante, também almoça aqui todos os dias”, conta.

Os trabalhadores informais, são aqueles empregados no setor privado, os que não  possuem CNPJ, os que trabalham em casa entre outros.

A informalidade bateu recorde nesse ano de 2019, chegando ao total de 38,7 milhões.




A realidade de milhões de brasileiros, que agora dependem de restaurantes populares para ter o que comer, mostra o grau de precarização dos trabalhos gerados, no governo atual, sem carteira-assinada e sem direitos. Afinal o tal “direito” que eles reclamam, são coisas como o vale-alimentação e outros direitos que só um emprego com carteira-assinada confere ao trabalhador.

A dura realidade dos brasileiros que cruzam cidades e esperam horas em filas por refeição barata, é o Brasil de 2019.

LEIA TAMBÉM:

 

 

Os comentários estão desativados.