em Internacional

Esquerda poderá voltar ao poder na Bolívia nesse domingo (18)

18/10/2020

Se tudo ocorrer sem fraudes e golpes, a esquerda poderá voltar ao poder nesse domingo (18) na Bolívia. De acordo com todas pesquisas eleitorais, o candidato do Movimento ao Socialismo (MAS), partido de Evo Morales, tem grandes chances de vencer a eleição já  no primeiro turno.




De acordo com todas pesquisas eleitorais feitas antes desse domingo (18), a Bolívia deve levar de volta ao poder o partido Movimento ao Socialismo (MAS), partido de Evo Morales, com o candidato presidencial Luis Arce.

Segundo as pesquisas, Luis Arce tem cerca de 42,2 % dos votos, enquanto o segundo colocado da direita, Carlos Mesa, tem 33,1% dos votos.




As eleições na Bolívia porém podem ser decididas já no primeiro turno, isso porque a legislação boliviana dá a vitória a quem acumular 50% + 1 ou 40% dos votos e uma diferença de 10 pontos percentuais do segundo colocado.

Arce foi Ministro no governo de Evo Morales, que caiu sob um golpe de estado no fim de 2019, com envolvimento de militares.

Luis Alberto Arce Catacora é economista, graduado pela Universidade Mayor de San Andrés e foi ministro de Economia durante 13 anos. Responsável pelas políticas do período chamado de “milagre econômico”, quando a Bolívia foi o país que mais cresceu na América Latina durante quatro anos consecutivos.



Em 2018, a Bolívia com o governo de Evo Morales, cresceu cerca de 4,7 % em seu Produto Interno Bruto (PIB), enquanto a média regional foi de 1,7%.
 

Evo Morales e Luis Arce quando Ministro
 

Golpe na Bolívia e volta da esquerda

 


Evo anunciando sua renúncia em meio ao golpe de estado no país.

Logo após um golpe de estado no país, com participação de militares e protestos violentos, a esquerda pode voltar ao poder no país pela via eleitoral, que será decidida nesse domingo (18).
 



A capital do país, La Paz, impôs um toque de recolher, com militarização da capital para a realização das eleições.

Há expectativas que o resultados eleitorais hoje, causem distúrbios e violências de acordo com o jornal El País.

As pesquisas dão a vitória do ex-ministro de Evo Morales, o que poderá ser um duro golpe na direita-latino americana e na estratégia golpista que derrubou Evo Morales.

O MAS, partido de Evo Morales, tem muita força e representatividade entre os indígenas do país, sejam urbanos ou rurais.
 

Participação de Bolsonaro no golpe da Bolívia?

 

Fernando Camacho, líder de extrema-direita boliviano no Itamaraty brasileiro, foto divulgado pelo jornal O Globo

 




De acordo com reportagem, o governo Bolsonaro teria tido inclusive participação no golpe que tirou Evo do poder na Bolívia e que foi comandado por um extremista religioso de direita, Luís Fernando Camacho.

De acordo com o períodico bolivano, El Períodico, áudios de opositores de Evo Morales falavam do apoio de igrejas evangélicas e do governo brasileiro de Jair Bolsonaro.

A matéria ainda sublinha que “o áudio não especifica qual, mas bate com as informações de que o Itamaraty está desde maio em conversas frequentes com o líder opositor Luis Fernando Camacho, do Comitê Cívico, o mesmo partido do candidato Carlos Mesa, segundo colocado nas eleições de outubro.”



O PSOL inclusive chegou a pedir informações sobre a participação do governo Bolsonaro, no golpe de estado na Bolívia.

Um dos principais aliados de Evo, o presidente russo Vladimir Putin, foi objetivo ao dizer que ocorreu na Bolívia, foi um golpe de estado.
 

Bolívia de volta a esquerda- Perspectivas

 

As chances de uma vitória do candidato Luis Arce no primeiro turno na Bolívia são grandes, assim como a chance de o mesmo vencer no primeiro turno por uma vantagem estreita e apertada, o que poderá elevar as tensões.
 

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A vitória de Arce será um duro golpe na estratégia da direita latino americana e poderá estreitar laços com países não alinhados, como a Venezuela e Argentina.
 

Denúncia de Fraude

 

Vladimir Putin e Evo, aliados
 
De acordo com o jornal argentino Tiempo, diversas lideranças políticas regionais latino americanas, estão denunciando uma tentativa de fraude nas eleições bolivianas nesse domingo:

 

Do jornal argentino Tiempo – Um grande grupo de líderes políticos latino-americanos, incluindo ex-presidentes, ex-chanceleres e um número significativo de líderes políticos, falou em um comunicado por “Por eleições transparentes e democráticas na Bolívia”, ao expressar “nossa grave preocupação com a posição da Organização dos Estados Americanos (OEA) e a atitude assumida por seu Secretário-Geral antes das próximas eleições de 18 de outubro na Bolívia ”
A petição é assinada pelos ex-primeiros líderes Cristina Fernández de Kirchner (Argentina; atual vice-presidente), Luiz Inácio Lula da Silva (Brasil), Dilma Rousseff (Brasil), Ernesto Samper (Colômbia; ex-secretário-geral da Unasul), Rafael Correa (Equador) , Manuel Zelaya (Honduras), Salvador Sánchez Ceren (El Salvador). Jorge Taiana, Celso Amorim e Ricardo Patiño encabeçam a lista de ex-chanceleres; eles eram da Argentina, Brasil e Equador, respectivamente. Uma lista significativa de líderes da região os acompanha..




Sete milhões de bolivianos vão as urnas nesse domingo (18) e as chances da esquerda voltar ao poder no país, são reais.

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