Gilmar: Lava Jato agiu contra o PT para eleger Jair Bolsonaro
16/02/2021
O Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, foi direto ao ponto ao dizer que a Lava Jato atuou contra o PT, para eleger Jair Bolsonaro. Prova maior foi a ida de Sérgio Moro para o Ministério da Justiça do governo Bolsonaro.
Um Ministro do STF, teve a coragem de dizer o que já era óbvio, a Lava Jato atuou contra o PT, deformando a democracia brasileira, para logo após apoiar Bolsonaro e integrar seu governo.
No dia da eleição de Bolsonaro, a mulher de Sérgio Moro comemorou altivamente por meio de suas redes sociais.
Além disso, passaram-se menos de uma semana da vitória de Jair Bolsonaro em 2018 e Moro já estava na casa dele, aceitando o convite de Ministro da Justiça.
Gilmar foi duro e direto em entrevista à BBC Brasil:
“Primeiro a Lava Jato atua na prisão do Lula. Prestes à eleição, a Lava Jato divulga o chamado depoimento ou delação do Palocci, tentando influenciar o processo eleitoral. Depois, o Moro vai para o governo Bolsonaro, portanto eles não só apoiaram como depois passam a integrar o governo Bolsonaro”, disse Gilmar.
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Além disso Gilmar afirmou que a própria Lava Jato cometeu erros que podem levar a sua anulação:
“Há muita discussão sobre uma atividade de promotor do juiz Moro. Mas o que se vê claramente é uma cooperação bastante grande entre o juiz Sergio Moro e o promotor. Moro, por exemplo, pedindo para ter conhecimento antecipado sobre a denúncia, ou Moro dizendo que uma determinada testemunha deve depor desta ou daquela forma. Ou que eventual apelação à decisão dele deveria ser submetido a ele. Portanto, tudo o que de fato não condiz com a relação entre promotor e juiz”, afirmou.
Em outro trecho, ele falou sobre os impactos para o ex-presidente Lula. “Isso terá efeito sobre esse caso que está no Supremo, que é o caso do Tríplex. Qualquer outro debate ou discussão terá que ser feito em processo próprio. Há muitas discussões sobre esse assunto. Hoje, por exemplo, se fala numa cooperação internacional informal que havia entre os membros da Lava Jato e determinados integrante de instituições na Suíça e nos Estados Unidos, sem o devido processo legal. Saber se, nos casos em que houve condenação, se houve essa cooperação, pode ser relevante para esses casos também”,disse o Ministro.
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